sábado, 26 de julho de 2008

De livros e leituras

Lembro-me do primeiro livro que li. No verão da 1ª para a 2ª classes a minha professora da primária pediu-nos para lermos "Uma aventura na escola", para praticarmos e porque ela nos iria fazer perguntas sobre o livro quando as férias acabassem. Na altura o verão tinha para mim actividades bem mais atraentes do que a leitura. Foi um sacrifício. E aqui baixinho que ninguém nos ouve, fiz batota. Li para aí os 3 primeiros capítulos e o último e tentei imaginar o resto. O ano recomeçou e não houve perguntas sobre o livro. Mas por altura das férias de Natal, deu-se um clic mágico e devorei com prazer "Uma aventura nas férias de Natal". Foram apenas alguns meses de diferença, mas, sem saber como, a leitura deixou de ser um sacrifício e passou a ser um prazer. Desde então devorei toda a colecção "Uma aventura", outras colecções das mesmas autoras, banda desenhada, romances e por aí fora, sempre com imenso gosto.
Hoje em dia a paixão continua, mas não leio livros extra-faculdade com a regularidade que gostaria. Mas continuo a gostar de discutir livros, de saborear os últimos capítulos, de pensar "é só mais um capítulo" quando devia dormir... Gosto de imaginar as histórias, as personagens, as paisagens. E criar mundos só meus. Gosto de ler em Português, em Inglês (ainda não arrisquei em Francês). Há quem não aguente e espreite a última página, a última palavra. Eu gosto de manter o suspense, mas por vezes confesso que os meus olhos se arrastam rapidamente para o capítulo abaixo ;). Não gosto do conceito "leitor de férias", mas cada vez mais estou a fazer parte dele. Assim sendo para a semana quero ir à biblioteca buscar livros para as férias. Sugestões? Eu não sou esquisita :).
Já agora, que tipo de leitor és tu?

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Cúmulo

No comboio, a caminho do exame, o meu mp3 foi para a uma música francesa. Pouco depois, sem querer, dou um encontrão numa pessoa. "Pardon!" foi o que eu disse...

Nota: há + de 3 meses que voltei de Paris

segunda-feira, 7 de julho de 2008

1 ano


O "My Med World" está de Parabéns, faz hoje um ano!


Entretanto...

78 posts (talvez menos do que esperava, mas com uma média de mais de 1 por semana)

1 mês na Suécia

6 meses em Paris

Novos amigos, alguns ao vivo outros apenas cibernéticos

7721 visitas (!!!)

Muitos comentários :)

E muitos posts em atraso... (desculpa Diogo!)


Como as ideias e a vontade de escrever continuam o blog vai continuar por cá. E vocês, vão continuar a ler-me?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Preocupação

Esta notícia do Sol deixa-me preocupada... Especialmente na parte em que a Ministra diz que a resolução do problema da falta de médicos no sector público (devido, em grande parte, à saída de muitos para o sector privado) passa por: "Aumentar progressivamente o número de alunos nos cursos de medicina (...)", entre outras coisas.

Pois bem, desde que entrei na FML que as vagas têm vindo progressivamente a aumentar. Se nos primeiros anos o número crescente de alunos não é problema (apesar de quase não haver anfiteatros com capacidade para todos os alunos de um ano, cerca de 300), a grande questão coloca-se nos anos clínicos (principalmente 4º e 5º). Já eu e os meus colegas nos debatemos com o facto de sermos muitos alunos e haver poucos docentes/locais para as aulas práticas, o que culmina num ratio aluno/docente francamente mau: entre o mínimo de 4/1 até um máximo de 12/1 em algumas disciplinas! (Já para não falar que às vezes os assistentes que existem estão pouco ou nada interessados no ensino... Ainda bem que há excepções!) Acredito que este facto prejudica o ensino da Medicina, não só por não nos permitir usufruir da prática tão necessária para a nossa formação, como por significar, cada vez mais, uma invasão da privacidade dos doentes... Alguém acredita que seja possível uma colheita adequada de uma história clínica com 6 estudantes de volta de um doente?

Assim, fico preocupada com esta notícia. Porque acredito que antes de se permitir a abertura de mais vagas para os cursos de Medicina (que acredito ser relativamente fácil para os directores das faculdades, sempre significam mais uns "trocos") é necessário assegurar a qualidade do ensino, assegurando mais docentes, não só nos anos básicos, mas principalmente nos anos clínicos. Acredito que são necessários e devem ser feitos, acordos com novos hospitais para permitir o ensino, e que esses acordos têm de ser feitos agora e não apenas quando se verifica não haver vagas para todos os alunos...